BEHAVIORISMO
Partindo do termo
da palavra, Behavior, que significa “comportamento”, Behaviorismo foi utilizado
inicialmente em um artigo, onde apresentava como título “Psicologia: como os
behavioristas a veem” (John B. Watson). Com um
termo genérico para agrupar diversas e contraditórias correntes de pensamento
na Psicologia, Behaviorismo tem
como unidade conceitual o comportamento, mesmo com diferentes concepções sobre
o que seja o comportamento.
Trabalhando com
o princípio de que a conduta dos
indivíduos é observável, mensurável e controlável similarmente aos fatos e
eventos nas ciências naturais e nas exatas, o Behaviorismo de
Watson também defendia que o comportamento deveria ser estudado como certas
variáveis do meio.
O
ESTUDO DO COMPORTAMENTO
Mesmo colocando o
“comportamento” como objeto da Psicologia, o Behaviorismo foi desde Watson
transformando o sentido desse termo. Atualmente, não se entende o comportamento
quanto a uma ação isolada de um determinado sujeito e sim a uma interação entre
aquilo que o sujeito faz e o ambiente onde o seu “fazer” acontece. Dessa forma,
é notório que o Behaviorismo dedica-se ao estudo das interações entre o sujeito
e o ambiente e as ações do indivíduo, suas respostas, o ambiente e estimulações.
Considerado o pai
do behaviorismo metodológico, John Broadus Watson (1878-1958) foi um defensor
da importância do meio na construção e desenvolvimento do indivíduo. Seus
estudos, baseados no conceito desenvolvido pelo fisiologista russo Ivan Pavlov
(1849-1936) do condicionamento básico, teve seu grande destaque, ganhando o
Prêmio Nobel de Medicina, através do seu trabalho sobre a atividade digestiva
dos cães.
A partir do seu
trabalho, Pavlov descobriu que os caninos não salivavam apenas ao avistar a
comida, mas também quando associavam algum som ou gesto à “chegada de comida”,
para essa associação, foi denominado de condicionamento clássico, onde através
das descobertas, criou um fortalecimento da investigação empírica da relação
entre o organismo e o meio.
Após Watson, veio o mais importante
behaviorista, B. F. Skinner (1904-1990). Sua linha de estudo é conhecida como
Behaviorismo radical, tendo como oposta à sua o Behaviorismo metodológico. A
principal preocupação de Skinner era a explicação científica, estabelecendo
como prioridade para a ciência do comportamento, o desenvolvimento de conceitos
que permitissem explicações perfeitamente científicas.
BEHAVIORISMO RADICAL
A proposta de Skinner de um behaviorismo
radical tinha como objetivo superar o dualismo que, segundo ele, marcava o
behaviorismo metodológico. Nas suas palavras, "O Behaviorismo radical
restaura certo de equilíbrio", caracteriza a forma de não negar a
possibilidade de autoconhecimento e não descartar a importância dos eventos
externos.
A restauração do equilíbrio
citado por Skinner exige-se uma concepção na qual se rejeita o critério de
verdade por acordo público, assumindo em seu lugar, como critério de avaliação
do conhecimento a possibilidade de intervenção dele decorrente. Assim, é
possível lidar com os eventos privados; não lhes negando o estatuto de objeto
de estudo da ciência: o behaviorismo radical não considera os eventos privados
como inobserváveis e não os descarta por serem subjetivos. Entretanto, o
behaviorismo radical questiona a natureza destes eventos privados. Em primeiro
lugar, os eventos privados não são de outra dimensão: o que é sentido é o
próprio corpo e não um mundo não físico, não material, um mundo mental. Em
segundo lugar, o que é sentido não é a causa do comportamento: a causa está
sempre na história genética e ambiental; tanto o comportamento como os estados
internos que o acompanham são produtos destas histórias.
COMPORTAMENTO RESPONDENTE
Também chamado de comportamento reflexo,
é aquele efetuado pelo estimulo antecedente do ambiente, tendo como exemplo,
quando salivamos diante do cheiro de uma comida, derramamos lágrimas ao
descascar cebolas ou arrepiamos a pele diante de um ar frio.
COMPORTAMENTO
OPERANTE
Relaciona-se
com a atividade humana, dos comportamentos da criança recém-nascida de agarrar
os objetos e de olhar os enfeites do berço, por exemplo. No condicionamento
operante, a aprendizagem ocorre de uma forma natural (a criança quando aprende
a falar). No entanto, podem-se aplicar reforços nesse processo de aprendizagem,
gratificando a criança ao pronunciar uma nova palavra, por exemplo.
Os reforços podem ser negativos e
positivos, é chamada de reforço a toda consequência que, uma resposta muda a
probabilidade posterior de ocorrência de resposta. O reforço positivo é o
estimulo que incentiva o comportamento desejado, aumentando a probabilidade
futura da resposta que o produz, o reforço negativo reduz ou elimina uma
resposta, permite a retirada de algo desejável, fortalecem a resposta através da
remoção do próprio estímulo, assim aumenta a probabilidade futura da resposta
que o remove ou atenua.
No reforçamento
negativo, encontramos dois processos importantes: a esquiva e a fuga. A esquiva
permite que o indivíduo execute um comportamento que previna o acontecimento ou
o reduza no seu grau, tendo como exemplo, quando estamos em uma consulta ao
dentista, e ao ouvirmos o som do “motorzinho” usado pelo profissional,
precedemos à dor no dente, fazendo-nos desviarmos o rosto.
EXTINÇÃO
E PUNIÇÃO
Um dos
processos formulados pela Análise Experimental do Comportamento, foi a
Extinção, este, pode ser entendido, como uma eliminação de comportamentos
indesejáveis ou inadequados, tendo assim, como consequência, a resposta sendo
diminuída de frequência ou extinta. Nesse caso, podemos exemplificar, na
situação, quando uma mulher, sendo visivelmente paquerada pelo outro e não
correspondendo, este, tende a cessar com as investidas ao notar a indiferença
da mulher. Já a punição, outro procedimento com relevância, é quando há um comportamento
eliminado através de omissão de estímulo aversivo.
CONTROLE
DE ESTÍMULOS/ DISCRIMINAÇÃO E GENERALIZAÇÃO
Sabemos quando há o
controle de estímulos, quando a forma de responder é diferenciada sob estímulos
diferentes, assim, em um exemplo simplificativo, quando um motorista para na
sinaleira ou avança, sabemos que sua conduta no trânsito está sob o controle de
estímulos, haja vista que segue a cor correspondente no semáforo.
A discriminação é a
capacidade de perceber diferenças entre estímulos e responder diferentemente a
cada um, dessa forma, no mesmo exemplo citado acima, o motorista estimulou sua
capacidade de perceber que se a sinaleira estiver vermelha é para parar e verde
prosseguir, assim, cada vez que ele for apresentado a essa situação, a resposta
será emitida.
Na generalização de
estímulos, a emissão de resposta já é condicionada onde se percebe semelhança
entre os estímulos. A partir disso, notamos que algumas aprendizagens
escolares, como fazer contas e escrever nos condiciona, a saber, dar ou receber
troco, ou digitar um email para uma pessoa.
BEHAVIORISMO
METODOLÓGICO
A abordagem
behaviorista metodológica parte do princípio de evitar os problemas gerados
pela dicotomia mente-corpo, dessa forma desvia dos estados mentais. Para
conseguir, limita-se a tratar os fatos que podem ser objetivamente observados,
fundamentando sua posição baseada em duas concepções de filosofia da ciência, o
positivo lógico e o operacionismo.
Ambas as concepções
propunham que se dois observadores não podiam concordar acerca do que ocorre no
mundo da mente, então: os acontecimentos mentais são inobserváveis e sobre eles
não pode haver verdade por acordo. Dessa forma, o exame dos fatos mentais deve
ser abandonado pela ciência, passando a ser considerada, em seu lugar, a
maneira pela qual eles são estudados, tendo como exemplo, de em vez de se
estudar a inteligência em si mesma (correndo o risco, devido a sua
inacessibilidade à observação direta, de atribuir a ela características
fictícias), estuda-se os testes que a medem, a maneira pela qual inteligência é
identificada e medida.
De forma aparente, a
proposta foi considerada bem sucedida, aparecendo como forma de evitar os
problemas da dicotomia mente-corpo, entretanto, ocorre efetivamente é uma
reafirmação do dualismo, uma vez que, o behaviorismo metodológico reafirma a
existência de fatos mentais como diferentes fenômenos corporais (físicos) ao
afirmar que os fatos mentais não podem ser objeto de estudo científico, em
razão de não poderem ser observados por observadores externos.
Seu conteúdo ajudou-me nos meus estudos. Obrigado.
ResponderExcluirSeu conteúdo ajudou-me nos meus estudos. Obrigado.
ResponderExcluircontrole de estímulos,é condicionado aque!
ResponderExcluirBoa noite!
ResponderExcluirQuais exemplos de comportamento radical?
Muito bom.
ResponderExcluirObrigada me ajudou muito!